Danças e cantares
Fazem parte da memória dos mais velhos, os serões bem passados com desfolhadas, onde reinava grande alegria, ao som de algumas modas como o “Alecrim”, a “Oliveira da Serra”, o “Trai-trai”, o “Resineiro” e os “Olhos da Maria Anita”.
Trajes Característicos
De acordo com documentos antigos desta região, recuperaram-se os trajes de domingueiro, de festa, de noiva, de ceifeira, de sardinheira e das debulhadas.
Jogos e Brinquedos Tradicionais
De acordo com as memórias dos mais velhos, recuperaram-se os jogos da malha (ferro e borracha), da pela, da corrida da cantarinhas e da corrida de saco.
Lendas
Lenda de bruscos: Esta história é contada pelos antigos à muitos anos, e passou-se numa pequena aldeia (Bruscos).
Uma senhora com algumas posses, prometeu uma oferta (na altura dizia-se esmola), para o santo da capelinha.
Entre as necessidades existentes, havia um santo para restaurar e pintar, e falou com o artista, que ao dar-lhe o orçamento, este era muito grande, para o que ela queria dar. Assim tentaram discutir o preço, mas a senhora nunca alterou a sua proposta. O artista, ou curioso, como queiram chamar, perante tal firmeza, e precisando do trabalho acabou por aceitar, e assim reparou o santo.
Passado algum tempo, fazia-se uma novena na capelinha, à noite à luz das velas (não havia electricidade) e começou a ser notado em cada noite por alguns, que estava a aparecer umas saliências na cabeça do santo (pareciam uns chifres), o que levava as pessoas a interrogarem-se "o que será aquilo?", "é algo do demónio?", "é sinal", "o que será?", " o que será?" .
Uma noite perante tantas dúvidas, surge alguém de coragem que decide subir ao altar e ver o que era afinal na cabeça do santo. Quando para grande surpresa e espanto de todos, se tratava de dois grelos de batata, porque na realidade o "artista" ao reparar o buraco na cabeça do santo, não fez com material próprio, mas com uma batata, para poder aceitar a proposta da senhora.
Nem tudo o que parece é!